terça-feira, 14 de julho de 2009

Português x Matemática

Escolhi a profissão errada. Grande erro, e por conta deste desvio penarei a vida inteira sofrendo as dores do árduo ofício da docência. Não que esta seja indigna ou sem valor. É que há coisas na vida que não precisam serem ensinadas, como o português e a matemática. Bem, pode parecer exagero essa afirmação, mas escute essa narração, e veja quando terminar se não estou totalmante certo

Vamos ao caso do português. A língua não precisa ser normatizada para ser utilizada, nem mesmo ser ensinada como um conjunto de regras a serem seguidas para se comunicar. Visto que desde o nascimento temos contato com a língua, estabelecendo nossos pais como profissionais da fala. Inativamente iniciamos nosso discurso com as frases: gugu, dadá, bilu bilu. Construções simples que os adultos tanto insistem. Aos dois anos de idade, a criança já consegue exprimir por meio da fala o que sente e o que querem. Ou seja, a comunicação já é estabelecida, mesmo não frequentanto os bancos das escolas. Portanto nossos pais, de hoje em diante serão nosos professores da língua mãe.

Pois bem, resta o caso da matemática. As crianças de hoje, estão cada vez mais precocemente espertas. Quando criança, lembro que me contentava com míseros dez centavo para a aquisição das balas, o famoso piper, isso conquitado depois de doloroso choro vencia a resistência de mamãe. hoje, a meninada já inicia opedido com uma sédula de dois reais. Que absudo. Grita, esperneia, fazem o escambau para consegui a sonhada fortuna. Vencida a batalha, vão à bodega da esquina, com as prateleiras repletas de bombons, fazem as compras de um real e oitenta centavos, depois plantam-se no balcão a esperar pelo troco. O dono do comércio finge esquecer do garoto, fazendo de conta ocupar-se de outras tarefas. Impaciente, o memino diz: -Fulano, o meu troco. O comerciante fazendo-se de esquecido, pergunta, -Quanto foi mesmo que você me deu? e se convence de que o garoto tinha razão. Aí está a verdadeira lição de matemática. O bodegueiro deveria assumir o legítimo cargo de professor das contas.

Perderei o emprego. Mas fico tranquilo em passar a função para estes competentes profissionais. Amanhã mesmo, irei a uma dessas agências de emprego me candidatar a uma vaga qualquer que esteja ociosa.

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