terça-feira, 2 de junho de 2009

Compra-se vergonha na cara

Ora pois, nobre leitor, já que insistes na contação, vou lhe confiar o trágico fim de meu último namoro. Você é capaz de imaginar do que é capaz um mulher estérica, tomada por uma crise de ciúmes, ao ver seu namorado a conversar sem maldades com uma senhora pelas ruas despreocupadamente? Pois, leia com atenção e não vale sentir pena ou me xingar.
Como falava antes, estava eu a caminhar com uma senhora, colega de trabalho pelas ruas da pacata cidade de Quixadá, sem nenhuma preocupação com o tempo ou coisa semelhante, eis que encontro com minha namorada possessa de raiva e desconfiada de que aquela pobre madame, que já passava dos cinquenta, fosse minha amante. No momento em que seus miópes olhos me detectaram, não foi outra ação dela, a não ser partir pra cima da gente golpeando sem medir, nem mirar onde e quem acertasse. Minha única, ação, se é que houve alguma de minha parte, foi pedir para parar, que ela estava equivocada.
Então, os ânimos se acalmaram um pouco, os delas é claro,. O route de pancadaria também cessaram. Ai, começou a sessão palavrões, foi nome que nem mesmo meu seleto dicionário matutino de cearense pôde decifrar do que ela me elogiava. Formou-se, em torno da gente um público de não menos, quarenta pessoas, e olhe, nem pagaram ingresso, para ver minha tragédia, acreditaria que nem mesmo Édipo Rei faria tanto sucesso.
Mas, como tudo na vida passa, ido embora, minha ex, que naquele momento disse que não me queria mais, pedi desculpas a colega e me ofereci a acompanhá-la até sua casa, antes é claro de perguntar se estava tudo bem com a pessoa dela. Ela, educadamente disse que não precisava, e foi-se sozinha,
Eu, Fui calmamente para casa. Ainda bem que morava sozinho, como hoje, e curtir durante horas aquela dor, insuportável no lado direito do meu rosto, que ardia sem parar. Junto com a dor veio a raiva de injustamente ser agredido e exposto em praça pública. Que descontrole.
Acho que você, curioso que é, está se mordendo para saber o que aconteceu depois. Ora, Nobre Amigo, é preciso ter muita cara de pau, para fazer o que eu fiz depois de todo esse acontecimento. Passou-se um ano e eu separado dela. Mas, com esse tempo distante, parece que ela se renovou e ficou ainda mais bonita. Ao vê-la semana passada, me ocorreu uma vontade imensa de voltar a namorá-la. E então, surge uma luz, descobri que ela estava solteira, quebrei o orgulho e telefonei, pedi para conversamos e ela aceitou, então hoje resolveremos todo esse acontecimento de uma vez por toda, nesta noite. Peço que torça para mim.



Esta crônica foi escrita a oito anos atrás. Por isso não fiz nenhuma correção semântica ou ortográfica.

3 comentários:

  1. Fala sério poeta, isso aconteceu com você. Sempre te achei com cara de safado. Desculpa a franqueza. Abraço.

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  2. REMULO voce fez isso mesmo eu não acredito mas se for verdade me dis o que acinteceu depois ela vai namorar com a sua pessoa de novo se for o coitada dela


    ass=mauro

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  3. eu fiquei sabendo dessa confusão, mais eu daria tudo para levar uns apas desses para ficar com vc

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